in halfway ...


Black Eyed Peas

por vezes ... talvez!


U2 - Sometimes You Can't Make It On Your Own (Acoustic)

come undone


Duran Duran

sábado, 29 de novembro de 2008

As aparências!

Van Gogh
Quando não se gosta da cara de alguém, é frequente utilizarem-se estas (e outras) expressões: Está com má disposição!; Vem mal-humorada!; Está zangada!; Está com cara de poucos amigos!; ou Acordou com os pés de fora!
Será que podemos julgar uma pessoa apenas pela sua expressão facial? Não será mais importante tentar conhecê-la melhor, de lhe mostrar a nossa amizade e lealdade, de a tratar com carinho e ternura, ou de lhe mostrar que nos preocupamos de facto com ela?
Com certeza que em algum momento da tua vida já te sentiste triste porque ...
... és ignorado;
... és esquecido;
... tens pessoas que não se interessam de facto por ti;
... nunca tens um amigo que te ligue só para te dizer “olá”;
... os teus amigos estão demasiado ocupados para te ouvir quando mais precisas de falar;
... alguém se ri dos teus mais íntimos pensamentos que lhe confiaste;
... as coisas não correm bem;
... vês partir alguém que te diz muito;
... perdes uma pessoa de quem gostas muito, para outra que não se interessa;
(...)
... a única pessoa que parece preocupar-se contigo, és tu!

Com efeito, as aparências costumam iludir o nosso pensamento!

«Reconhecermo-nos em alguém... desabafa-nos. Isto é, alivia a angústia de estarmos abafados nas dúvidas com que se constrói a nossa solidão. E de cada vez que alguém se reconhece em nós... transforma-nos. Olha para além de nós; olha por nós. Sem que, com isso, sobreponha o seu olhar ao nosso.» (Eduardo Sá)

Texas «I'll See It Through»

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Viver em liberdade e ser livre!

A liberdade pode ser entendida de várias formas. No essencial, entendo-a como o poder que temos de agir por nós próprios e sem coacções. De acordo com as forças, externas ou internas, que nos impelem, ou impedem de actuar, poderemos considerar duas liberdades: a que deriva de factores externos e a que resulta de nós próprios.
A liberdade de execução é a liberdade de fazer, consiste no poder de agir, ou não, sem ser coagido, ou impedido, por forças exteriores. Neste caso temos o poder de dispor fisicamente do nosso corpo; o poder de agir dentro da lei; o poder de participar nas questões da política do país, através do voto; o poder de exprimir publicamente as ideias; ou ainda o poder de escolher esta ou aquela religião.
A liberdade de decisão é uma liberdade interior, é a liberdade do querer, depende fundamentalmente das nossas obsessões, paixões, instintos ou medos. É basicamente o poder que temos em orientar o nosso comportamento para fins que inteligentemente escolhemos. Assim, somos livres de ser diferentes, ou indiferentes, ou de agir independentemente de motivos. Do mesmo modo temos uma liberdade moral que não é mais do que o resultado do poder que temos em reflectir e escolher caminhos.
Só seremos realmente livres quando, para além de querermos algo, sabermos também o que queremos e por que queremos, só assim poderemos escolher, de entre o que nos propõem, aquilo que se nos afigure mais valioso.

A liberdade está associada à responsabilidade. Ser responsável implica escolher e decidir racionalmente, conhecendo as razões para agir e as formas de actuação, prevendo sempre as consequências, bem como assumi-las como o resultado dessa actuação. De facto, não existirá maior constrangimento à nossa liberdade de intervenção, do que a ignorância dos fins, dos meios e das consequências possíveis dos nossos actos.
A verdadeira liberdade, pode então dizer-se, é o resultado da inteligência, da vontade, do esforço e da perseverança!

sábado, 15 de novembro de 2008

Sonhar ou realizar os sonhos?

«… O rapaz não sabia o que era a Lenda Pessoal.
É aquilo que sempre se desejou fazer. Todas as pessoas, no começo da juventude, sabem qual é a sua Lenda Pessoal. Nessa altura da vida, tudo é claro, tudo é possível, e elas não têm medo de sonhar e desejar tudo aquilo que gostariam de ver realizar-se nas suas vidas. Entretanto, à medida que o tempo vai passando, uma misteriosa força começa a tentar provar que é impossível realizar a Lenda Pessoal.
(…)
São as forças que parecem ruins, mas na verdade estão a ensinar-nos como realizar a nossa Lenda Pessoal. Estão a preparar o nosso espírito e a nossa vontade, porque existe uma grande verdade neste planeta: seja quem for ou o que faça, quando se quer com vontade alguma coisa, é porque esse desejo nasceu na alma do Universo. É a sua missão na Terra.
(…)
A alma do Mundo é alimentada pela felicidade das pessoas. Ou pela infelicidade, inveja, ciúme. Cumprir a sua Lenda Pessoal é a única obrigação dos homens. Tudo é uma coisa só. E quando alguém quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que se realize esse seu desejo.
(…)
És diferente de mim, porque desejas realizar os teus sonhos. Eu quero apenas sonhar … tenho medo que seja uma grande decepção, então prefiro apenas sonhar ... Nem todos podem ver os sonhos da mesma maneira.»

Paulo Coelho (“O Alquimista”)


Madonna - Miles Away: "I just woke up from a fuzzy dream ..."

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sonhar!

Nadir Afonso

Sonhar …
"O homem nunca pode parar de sonhar. O sonho é o alimento da alma, como a comida é o alimento do corpo."
"É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida interessante"
"Os sonhos têm um preço. Há sonhos caros e baratos, mas todos têm um preço."
"As tarefas diárias jamais impediram alguém de seguir os seus sonhos."
"Só uma coisa torna um sonho impossível: o medo de fracassar."
"O primeiro sintoma de que estamos a matar os nossos sonhos é a falta de tempo. As pessoas mais ocupadas têm tempo para tudo. As que nada fazem estão sempre cansadas."
"O segundo sintoma da morte dos nossos sonhos são as nossas certezas. Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a julgar-nos sábios no pouco que pedimos da existência. E não percebemos a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando."
"O terceiro sintoma da morte dos nossos sonhos é a Paz. A vida passa a ser uma tarde de domingo, sem pedir-nos grandes coisas e sem exigir mais do que queremos dar."
"Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos a paz, temos um pequeno período de tranquilidade. Mas os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós e a infestar todo o ambiente em que vivemos. O que queríamos evitar no combate, a decepção e a derrota, passa a ser o único legado da nossa cobardia."
(Paulo Coelho)

Sonhar … sonhar é então fazer dos dias alegria e liberdade, procurar a perfeição, descobrir vivências de amizade e de amor, vivências de verdade, que se perpetuem no tempo e não se apaguem. Este é um sonho meu, mas é também um sonho teu, é um sonho nosso, é também o querer de muita gente, que como eu e como tu, do mesmo modo sente e que procura viver a vida de modo diferente, dando-lhe sentido, tornando-a interessante! Não será esta a razão da nossa existência?

Hoobastank - "The Reason": I'm not a perfect person, there's many things I wish I didn't do, but I continue learning …


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Incertezas!

Magritte

No seguimento das utopias ocorrem sempre as incertezas.
A incerteza invade-nos quando nos deparamos com a falta de conhecimentos decorrentes de uma dada acção, de um determinado assunto, ou sobre o que poderá acontecer no futuro. A coragem que temos para correr atrás dos nossos sonhos e das nossas utopias dignifica-nos, e quanto mais difíceis são os obstáculos, mais eles nos tornam fortes, desde que os ousemos ultrapassar. Nesse caminho, o amor que temos pelo que fazemos, é o nosso maior aliado. É a arma mais poderosa que nos acompanha, é a que nos fortalece e a que nos enche de esperança. No entanto, é também a que facilmente nos consegue enfraquecer e nos atira para a linha entre a racionalidade e a loucura. É uma linha ténue e facilmente transponível. Poderemos ser racionais, mas um pouco de loucura pode dar-nos a condição sublime para que, mais do que sobreviver, se possa viver, sentir, tocar, respirar, ouvir, … amar.
No caminho para a utopia, sopramos segredos em palavras vãs que vão escorrendo no tempo. A claridade da luz nem sempre nos permite ver para além do necessário. Incrédulos ficaríamos se, um dia, por breves instantes, tudo ficasse claro, deleitando um rio límpido e translúcido por onde as rochas desmaiadas assombrariam um passado. Se tal acontecesse, nos campos, os (de)lírios ficariam desejando que o vento os levasse, não por desproveito ou insanidade, mas por ensejo do que para nós é único, tornando a realidade numa eloquente verdade.
Não vale a pena chorar num futuro irrequieto relembrando um passado proveitoso e secreto. Talvez se torne aberto ou talvez se perca no tempo, mas a certeza é que um dia, o dia foi dia de ter a alegria de passar pelo incerto.
Tantos obstáculos encontramos que, contudo, não conseguem ofuscar a serenidade e a paz que se alcança quando, a par da lucidez se junta a insensatez.

Este é um post dedicado aos meus amigos que buscam as suas utopias. Que a claridade da luz incida sempre sobre vós!

Madonna - heartbeat
«... this complicated life, I try to do my best, I always tell myself it's all just a test... which makes me feel like the only one, the only one that light shines on...»