in halfway ...


Black Eyed Peas

por vezes ... talvez!


U2 - Sometimes You Can't Make It On Your Own (Acoustic)

come undone


Duran Duran

domingo, 7 de junho de 2009

Eriobotrya japonica


Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia

chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a

é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece.

Mário Henrique Leiria, A Nêspera, in Novos Contos do Gin

Obs.: fruto da nespereira (Eriobotrya japonica), a nêspera, é macia, de casca aveludada, e de cor amarelo-alaranjada, às vezes rosada. Dependendo da variedade e maturação a sua polpa é suculenta e normalmente doce. Para o consumo deve ser preferencialmente descascada (a casca é fina e pode ser facilmente puxada quando a fruta está madura) e combina bem com outras frutas frescas ou em saladas de frutas.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Aide-moi, sauve-moi!


Temos uma oportunidade de nos manter vivos. Vamos aproveitá-la. Partimos em busca dela. Mantemos acesa a chama que nos permite iluminar o caminho.
Seguimos alguém?
Vamos ser seguidos?
Vamos sós?
Sabemos que temos de acordar cedo para a jornada.

Procuramos lembrar do sonho, ele será o objectivo.
Fazemo-nos à estrada.
Pelo longo caminho encontramos muita gente. Alguns seguem-nos. A outros procuramos ficar atentos.
Damos uma atenção especial às bonecas, as de pano, muito limpinhas, cheirosas e coloridas. Elas sobressaem claramente no mundo cinzento que percorremos. Muito facilmente e sempre alegres, elas agitam-se e dançam à nossa frente. Procuram enfeitiçar-nos. Procuram destruir a nossa estrada.
Somos fortes!

Somos grandes!
Não nos deixamos enganar quando nos mentem.
Não desistimos!
Sabemos esperar pela melhor oportunidade para prosseguir o caminho, sempre!

J'attends mon âge

Avec toi
Et sauve-moi encore
Aide-moi
Embrasse-moi encore
À nouveau
...
Imagine-moi encore
À nouveau

Indochine - "Little Dolls"

quarta-feira, 18 de março de 2009

De volta?

Há muito tempo que deixei de me dedicar com regularidade ao meu "tijolo" de estimação. Poderia desculpar-me que tem sido por falta de tempo que não o tenho feito. De facto é verdade! Mas, a preguiça, a desinspiração e também a falta de assunto, associados a algum desalento, também não ajudaram.
Hoje, ao passar em revista os títulos dos jornais do dia, deparei-me com o que poderá ser uma boa notícia para o futuro das terras da margem sul do Tejo.
Pensei que poderia ser também um bom pretexto para o retomar da escrita, e resolvi transcrevê-lo para aqui, até por que são precisas boas notícias para nos animar, tantas são as contrariedades.
Resta-nos aguardar então pela concretização deste projecto, já agora dentro do prazo previsto! A ver vamos!
Até breve (espero).

'Cidade-polis' na Margem Sul erguida em sete anos

"Até final de Abril, o Governo vai apresentar um 'Polis' para a renovação da frente do Tejo, nos terrenos industriais do Barreiro, Seixal e Almada. A renovação urbana será idêntica à do Parque das Nações e o objectivo é construir uma nova cidade, com horizonte na III Travessia do Tejo e no aeroporto.

A frente ribeirinha do Tejo, nos terrenos industriais degradados da Quimiparque, da Siderurgia Nacional e dos estaleiros da Margueira, vai ser requalificada através de um programa Polis específico, cujo plano estratégico deverá ser aprovado até final de Abril, confirmou ao DN o ministro do Ambiente, Nunes Correia.
O Polis para o "Arco Ribeirinho Sul", que compreende quase 900 hectares nos territórios dos municípios do Barreiro, Seixal e Almada, irá promover a descontaminação dos terrenos industriais abandonados, numa operação em tudo semelhante à renovação executada no Parque das Nações, por ocasião da Expo'98. Já com o horizonte na construção da terceira travessia do Tejo e na localização do novo aeroporto em Alcochete, a estratégia de requalificação pensada para a margem esquerda do Tejo fará nascer ali uma cidade nova, cuja primeira fase se prolongará por sete anos.
Apesar de se tratar de terrenos na posse do Estado, o objectivo é fazer com que o projecto se autofinancie, disse ao DN o ministro Nunes Correia, reconhecendo o "enorme impacto" que os futuros Planos de Pormenor irão ter sobre a zona "É uma das melhores vistas do estuário do Tejo." A experiência da Parque Expo, que Nunes Correia classificou como o braço empresarial do Estado para a requalificação urbanística, poderá ser aproveitada para ajudar a erguer este "megapolis". "Na construção do Parque das Nações, a Parque Expo contraiu dívida e amortizou-a, fazendo com que o projecto se autofinanciasse, neste caso poderá conduzir uma operação idêntica."
PAULA SANCHEZ (Diário de Notícias, 18.03.09 )

sábado, 24 de janeiro de 2009

A bondade e a crueldade!

O mês de Janeiro está, como tinha previsto anteriormente, a ser o espelho daquilo que se poderá esperar para o ano de 2009. Várias razões têm-me impedido, e tirado a motivação, de escrever aqui neste espaço. Decidi hoje quebrar esse jejum, dedicando um post ao bem e ao mal, à bondade e à crueldade, aspectos tão comuns na nossa vida de todos os dias, uma vez que pelos caminhos que nela vamos percorrendo vão passando muitas pessoas, umas boas e outras nem por isso, e que nos transmitem tão bem esses sentimentos.
Neste tema tão vasto poderia começar por muitos lados. Desde logo apetece-me dizer que a bondade não custa favor! Isto porque a verdadeira bondade é invencível, porque é infatigável! Joubert dizia que a bondade consiste em estimar e amar os outros para além do que eles merecem! Por sua vez, Rousseau afirmou que as boas acções elevam o espírito e predispõem-no a praticar outras! No entanto, na sua grande sabedoria, Confúcio afirmara muito antes, que “mil dias não bastam para aprender o bem, mas para aprender o mal, uma hora é demais”!
Ora nada mais sábio!

Mas o que é ser “mau”? O que se está a afirmar quando se diz que uma dada pessoa é “má”?
À partida, penso que a força dos maus começa por eles considerarem-se bons e vítimas dos caprichos alheios.
Aprofundando a questão, parece não restar dúvidas que a maldade se liga implicitamente à fraqueza (“toda a maldade é fraqueza”, dizia Milton), ao ódio e ao rídiculo (“odioso é a porta de saída do ridículo”, afirmou Victor Hugo), e por vezes, está ela própria mascarada pela capa da bondade: “há pessoas más que seriam menos perigosas se não tivessem nenhuma bondade” (La Rochefoucauld); “haveria muito menos mal no mundo, se o mal não pudesse ser feito sob a aparência do bem” (Eschenbach).

Num artigo do DN Magazine (2005), Isabel Leal sintetiza bem estes dois estados de alma:
“A bondade, como atribuição maior de uma personalidade, parece andar pelos lados de uma dose de brandura que se confunde com moleza de carácter, que o nosso mundo, cinicamente, elogia tanto como despreza. (…)
O prazer que se retira da humilhação e do sofrimento dos outros, do inflingir dor, do saborear como vantagem ou superioridade os dramas de conhecidos e desconhecidos, diz de nós uma absurda e incompreensível mesquinhez.”

Por fim, deixo à reflexão de todos, em especial dos mais cruéis, e quase sempre encapotados pela bondade, o texto de Edgar Morin (in “Os Meus Demónios”)

«A crueldade é constitutiva do universo, é o preço a pagar pela grande solidariedade da biosfera, é ineliminável da vida humana. Nascemos na crueldade do mundo e da vida, a que acrescentámos a crueldade do ser humano e a crueldade da sociedade humana. Os recém-nascidos nascem com gritos de dor. Os animais dotados de sistemas nervosos sofrem, talvez os vegetais também, mas foram os humanos que adquiriram as maiores aptidões para o sofrimento ao adquirirem as maiores aptidões para a fruição. A crueldade do mundo é sentida mais vivamente e mais violentamente pelas criaturas de carne, alma e espírito, que podem sofrer ao mesmo tempo com o sofrimento carnal, com o sofrimento da alma e com o sofrimento do espírito, e que, pelo espírito, podem conceber a crueldade do mundo e horrorizar-se com ela.
A crueldade entre homens, indivíduos, grupos, etnias, religiões, raças é aterradora. O ser humano contém em si um ruído de monstros que liberta em todas as ocasiões favoráveis. O ódio desencadeia-se por um pequeno nada, por um esquecimento, pela sorte de outrem, por um favor que se julga perdido. O ódio abstracto por uma ideia ou uma religião transforma-se em ódio concreto por um indivíduo ou um grupo; o ódio demente desencadeia-se por um erro de percepção ou de interpretação. O egoísmo, o desprezo, a indiferença, a desatenção agravam por todo o lado e sem tréguas a crueldade do mundo humano. E no subsolo das sociedades civilizadas torturam-se animais para o matadouro ou a experimentação. POR SATURAÇÃO, O EXCESSO DE CRUELDADE ALIMENTA A INDIFERENÇA E A DESATENÇÃO, e de resto ninguém poderia suportar a vida se não conservasse em si um calo de indiferença.»


Para as pessoas de bem que, como eu, abominam o mal:
U2 “Bad”: «I'm wide awake, wide awake, I'm not sleeping»

sábado, 3 de janeiro de 2009

Feliz Ano de 2009!

Como é habitual, recebi nos últimos dias várias mensagens de boa vontade desejando-me um feliz 2009. Para todos os que tiveram a gentileza de me terem enviado esses votos aqui fica o meu muito obrigado.

No entanto, que felicidade poderemos esperar em 2009?

Para ver se alguma coisa mudou nestes três primeiros dias do ano, resolvi percorrer os títulos de três jornais: Diário de Notícias, Público e Expresso. Aqui vos deixo uma selecção de alguns desses títulos os quais nos deixam antever que de facto, o ano de 2009 vai ser um ano BOM!

“Na luta contra a crise”
“Economia mundial à beira da estagnação”
“Índice de produção industrial dos EUA cai para mínimo de 28 anos”
“Zona Euro: Actividade industrial cai para nível mais baixo de sempre”
“General Motors em risco de falência”
“GM, Chrysler e Ford vão fechar durante um mês”
“Bolsa de Lisboa cresce menos do que resto da Europa”
“Inscrições nos centros de emprego sobem 20% num ano”
“Vende-se sangue, óvulos, esperma e até cabelo: os empréstimos, a queda das acções ou o desemprego são alguns dos motivos para que cada vez mais norte-americanos recorram à venda de tecidos e fluidos corporais para fazer dinheiro.”
“Escolas tecnológicas correm risco de fechar devido à instabilidade do financiamento"
“Paris: réveillon no Moulin Rouge custou €570 por pessoa: caro. Muito caro, mas ainda assim não ficou vago um único lugar na sala do mítico cabaret com capacidade para 850 pessoas.”

“GNR apanha mais 13 mil a acelerar do que em 2007”
“Presidente da CP nega acusações de actos ilegais de gestão”
“Tentou matar jovens com vidros de garrafa”
“Dupla muito violenta assalta restaurante com tiros de caçadeira”
"Portugal tem uma lei criminal frouxa"

“Israel está a preparar invasão”
“Gaza: Meshaal avisa que "destino sombrio" aguarda Israel em caso de incursão”
“Ataque israelita mata um líder do Hamas”
“Forças israelitas entram em Gaza”
“436 mortos e 2.500 feridos palestinianos em 750 bombardeamentos”

“Fenprof e FNE garantem que professores não desistem de lutar contra modelo de avaliação”
“Amadora-Sintra tem cinco anos de contas por acertar”
“Estudo realizado em Portugal: três em cada dez pessoas acreditam que o seu peso é inferior ao real”
“Três mortos em acidente de viação em Ferreira do Alentejo: um despiste de automóvel em Ferreira do Alentejo matou três jovens de 28, 17 e 18 anos”
“TVI teve melhor ano de sempre”
“Benfica - Quique Flores quer que equipa reflicta nos resultados o que acontece no relvado”

“Cavaco teme mais desemprego e perigo de exclusão”
“Ano Novo: Cavaco avisa que ilusões pagam-se caras”

“O ANO EM QUE TUDO VAI ACONTECER”

Se ainda restam dúvidas, podem-nas tirar em:
Vinte coisas que queremos mesmo saber sobre o ano que agora começou

Então, a todos desejo um BOM ANO de 2009, cheio de amor e carinho, em especial para os mais necessitados!

Ilona Mitrecey «Un monde parfait»

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Tempo para viver!

Marc Chagall (La Vie)

«A vida já é curta, mas nós tornamo-la ainda mais curta, desperdiçando tempo» (Victor Hugo)

O tempo ... esse eterno inimigo da vida!
Levamos a vida a correr pois temos muitos interesses na nossa vida. São demasiados compromissos todos os dias, quase nunca temos tempo, uma vez que temos sempre muito trabalho, muitas tarefas, muitos afazeres, muitas reuniões.
Depois de todos esses deveres estarem cumpridos continuamos, ainda assim, sem tempo. Há as compras para fazer, as refeições para pensar, a casa para arrumar ou a preparação do que há para fazer no dia seguinte. No dia-a-dia tudo vai andando num frenesi. Não há lugar para a leitura nem para a reflexão, facilmente esquecemos os amigos ou de brincar com os filhos, nunca há tempo para conversar, conviver, partilhar e amar.
Não há tempo para viver a vida! Em sua substituição, vive-se de ilusões: é a busca da riqueza, é a ambição por uma carreira, é a fobia pelo consumismo e pelo materialismo, é a procura do socialmente correcto. Nunca paramos para nos vermos ao espelho e pensarmos se é este o caminho que queremos, se é este o verdadeiro sentido que queremos dar às nossas vidas.
Entrámos uma vez mais na época de todas as ilusões. Com elas vem a euforia das compras e dos presentes, as enchentes nos centros comerciais, as filas de trânsito, os intermináveis almoços e jantares, e a reunião com familiares que já não se vêem desde o Natal passado.
No meio de toda esta confusão, talvez fosse também importante aproveitar um pouco desta quadra para pensar sobre as razões pelas quais se comemora o Natal, digo eu!

“Enchemos o tempo para não nos olharmos no espelho. De repente, quando, por um minuto ou dois, paramos, não gostamos da imagem que essa paragem nos devolve - a imagem do que não soubemos ser, da vida que perdemos no meio das mil coisas que fizemos. Não há cirurgia estética que nos arranque de cima as pregas do tempo que gastámos em vez de vivermos.” (Inês Pedrosa)

Tudo na vida está em esquecer o dia que passa.
Não importa que hoje seja qualquer coisa triste,
um cedro, areias, raízes,
ou asa de anjo
caída num paul.
O navio que passou além da barra
já não lembra a barra.
Tu o olhas nas estranhas águas que ele há-de sulcar
e nas estranhas gentes que o esperam em estranhos portos.
Hoje corre-te um rio dos olhos
e dos olhos arrancas limos e morcegos.
Ah, mas a tua vitória está em saber que não é hoje o fim
e que há certezas, firmes e belas,
que nem os olhos vesgos podem negar.
Hoje é o dia de amanhã.

Fernando Namora (Mar de Sargaços)

U2 “One” - Is it getting better, or do you feel the same? ...

sábado, 29 de novembro de 2008

As aparências!

Van Gogh
Quando não se gosta da cara de alguém, é frequente utilizarem-se estas (e outras) expressões: Está com má disposição!; Vem mal-humorada!; Está zangada!; Está com cara de poucos amigos!; ou Acordou com os pés de fora!
Será que podemos julgar uma pessoa apenas pela sua expressão facial? Não será mais importante tentar conhecê-la melhor, de lhe mostrar a nossa amizade e lealdade, de a tratar com carinho e ternura, ou de lhe mostrar que nos preocupamos de facto com ela?
Com certeza que em algum momento da tua vida já te sentiste triste porque ...
... és ignorado;
... és esquecido;
... tens pessoas que não se interessam de facto por ti;
... nunca tens um amigo que te ligue só para te dizer “olá”;
... os teus amigos estão demasiado ocupados para te ouvir quando mais precisas de falar;
... alguém se ri dos teus mais íntimos pensamentos que lhe confiaste;
... as coisas não correm bem;
... vês partir alguém que te diz muito;
... perdes uma pessoa de quem gostas muito, para outra que não se interessa;
(...)
... a única pessoa que parece preocupar-se contigo, és tu!

Com efeito, as aparências costumam iludir o nosso pensamento!

«Reconhecermo-nos em alguém... desabafa-nos. Isto é, alivia a angústia de estarmos abafados nas dúvidas com que se constrói a nossa solidão. E de cada vez que alguém se reconhece em nós... transforma-nos. Olha para além de nós; olha por nós. Sem que, com isso, sobreponha o seu olhar ao nosso.» (Eduardo Sá)

Texas «I'll See It Through»

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Viver em liberdade e ser livre!

A liberdade pode ser entendida de várias formas. No essencial, entendo-a como o poder que temos de agir por nós próprios e sem coacções. De acordo com as forças, externas ou internas, que nos impelem, ou impedem de actuar, poderemos considerar duas liberdades: a que deriva de factores externos e a que resulta de nós próprios.
A liberdade de execução é a liberdade de fazer, consiste no poder de agir, ou não, sem ser coagido, ou impedido, por forças exteriores. Neste caso temos o poder de dispor fisicamente do nosso corpo; o poder de agir dentro da lei; o poder de participar nas questões da política do país, através do voto; o poder de exprimir publicamente as ideias; ou ainda o poder de escolher esta ou aquela religião.
A liberdade de decisão é uma liberdade interior, é a liberdade do querer, depende fundamentalmente das nossas obsessões, paixões, instintos ou medos. É basicamente o poder que temos em orientar o nosso comportamento para fins que inteligentemente escolhemos. Assim, somos livres de ser diferentes, ou indiferentes, ou de agir independentemente de motivos. Do mesmo modo temos uma liberdade moral que não é mais do que o resultado do poder que temos em reflectir e escolher caminhos.
Só seremos realmente livres quando, para além de querermos algo, sabermos também o que queremos e por que queremos, só assim poderemos escolher, de entre o que nos propõem, aquilo que se nos afigure mais valioso.

A liberdade está associada à responsabilidade. Ser responsável implica escolher e decidir racionalmente, conhecendo as razões para agir e as formas de actuação, prevendo sempre as consequências, bem como assumi-las como o resultado dessa actuação. De facto, não existirá maior constrangimento à nossa liberdade de intervenção, do que a ignorância dos fins, dos meios e das consequências possíveis dos nossos actos.
A verdadeira liberdade, pode então dizer-se, é o resultado da inteligência, da vontade, do esforço e da perseverança!

sábado, 15 de novembro de 2008

Sonhar ou realizar os sonhos?

«… O rapaz não sabia o que era a Lenda Pessoal.
É aquilo que sempre se desejou fazer. Todas as pessoas, no começo da juventude, sabem qual é a sua Lenda Pessoal. Nessa altura da vida, tudo é claro, tudo é possível, e elas não têm medo de sonhar e desejar tudo aquilo que gostariam de ver realizar-se nas suas vidas. Entretanto, à medida que o tempo vai passando, uma misteriosa força começa a tentar provar que é impossível realizar a Lenda Pessoal.
(…)
São as forças que parecem ruins, mas na verdade estão a ensinar-nos como realizar a nossa Lenda Pessoal. Estão a preparar o nosso espírito e a nossa vontade, porque existe uma grande verdade neste planeta: seja quem for ou o que faça, quando se quer com vontade alguma coisa, é porque esse desejo nasceu na alma do Universo. É a sua missão na Terra.
(…)
A alma do Mundo é alimentada pela felicidade das pessoas. Ou pela infelicidade, inveja, ciúme. Cumprir a sua Lenda Pessoal é a única obrigação dos homens. Tudo é uma coisa só. E quando alguém quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que se realize esse seu desejo.
(…)
És diferente de mim, porque desejas realizar os teus sonhos. Eu quero apenas sonhar … tenho medo que seja uma grande decepção, então prefiro apenas sonhar ... Nem todos podem ver os sonhos da mesma maneira.»

Paulo Coelho (“O Alquimista”)


Madonna - Miles Away: "I just woke up from a fuzzy dream ..."

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sonhar!

Nadir Afonso

Sonhar …
"O homem nunca pode parar de sonhar. O sonho é o alimento da alma, como a comida é o alimento do corpo."
"É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida interessante"
"Os sonhos têm um preço. Há sonhos caros e baratos, mas todos têm um preço."
"As tarefas diárias jamais impediram alguém de seguir os seus sonhos."
"Só uma coisa torna um sonho impossível: o medo de fracassar."
"O primeiro sintoma de que estamos a matar os nossos sonhos é a falta de tempo. As pessoas mais ocupadas têm tempo para tudo. As que nada fazem estão sempre cansadas."
"O segundo sintoma da morte dos nossos sonhos são as nossas certezas. Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a julgar-nos sábios no pouco que pedimos da existência. E não percebemos a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando."
"O terceiro sintoma da morte dos nossos sonhos é a Paz. A vida passa a ser uma tarde de domingo, sem pedir-nos grandes coisas e sem exigir mais do que queremos dar."
"Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos a paz, temos um pequeno período de tranquilidade. Mas os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós e a infestar todo o ambiente em que vivemos. O que queríamos evitar no combate, a decepção e a derrota, passa a ser o único legado da nossa cobardia."
(Paulo Coelho)

Sonhar … sonhar é então fazer dos dias alegria e liberdade, procurar a perfeição, descobrir vivências de amizade e de amor, vivências de verdade, que se perpetuem no tempo e não se apaguem. Este é um sonho meu, mas é também um sonho teu, é um sonho nosso, é também o querer de muita gente, que como eu e como tu, do mesmo modo sente e que procura viver a vida de modo diferente, dando-lhe sentido, tornando-a interessante! Não será esta a razão da nossa existência?

Hoobastank - "The Reason": I'm not a perfect person, there's many things I wish I didn't do, but I continue learning …