in halfway ...


Black Eyed Peas

por vezes ... talvez!


U2 - Sometimes You Can't Make It On Your Own (Acoustic)

come undone


Duran Duran

sábado, 17 de maio de 2008

Há dias assim!



Há dias em que é melhor não acordar e deixarmo-nos estar no meio dos lençóis!

O dia 16/5/08 foi um deles!

Em memória deste dia único:




"Stuck in a moment you can't get out of"

I'm not afraid of anything in this world
There's nothing you can throw at me that
I haven't already heard
I'm just trying to find a decent melody
A song that I can sing in my own company


I never thought you were a fool
But darling, look at you
You gotta stand up straight, carry your own weight
These tears are going nowhere, baby

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now you're stuck in a moment
And you can't get out of it

I will not forsake, the colors that you bring
But the nights you filled with fireworks
They left you with nothing
I am still enchanted by the light you brought to me
I listen through your ears, and through your eyes I can see

And you are such a fool
To worry like you do
I know it's tough, and you can never get enough
Of what you don't really need now ... my oh my

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and you can't get out of it
Oh love look at you now
You've got yourself stuck in a moment and you can't get out of it

I was unconscious, half asleep
The water is warm till you discover how deep
I wasn't jumping for me it was a fall
It's a long way down to nothing at all

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and you can't get out of it
Don't say that later will be better now
You're stuck in a moment and you can't get out of it

And if the night runs over
And if the day won't last
And if our way should falter
Along the stony pass

And if the night runs over
And if the day won't last
And if your way should falter
Along the stony passIt's just a moment
This time will pass

(U2)


A decent melody to sing in my own company: "Unchained Melody" for you ...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Mãe


Ontem foi dia da mãe!

Mais uma vez não liguei muita importância ao evento e, mais uma vez, não me lembrei do quanto esse dia significa para ti, mãe!

Ultimamente temos passado o tempo em desacordo sobre qualquer coisinha que surge, mesmo sobre aquelas coisas que não têm qualquer importância .

Apesar de já não ser o rapazinho que teimosamente tu queres que continue a ser, sim, aquele que um certo dia levaste, pela mão, à escola pela primeira vez, e lhe segredaste ao ouvido umas quantas sábias palavras sobre a importância de estudar, lembras-te? Apesar de já não o ser, continuo a admirar-te, como sempre te tenho admirado desde então: pela tua coragem, pela tua persistência, pelo teu sacrifíco ... eu sei lá que mais ... para que nunca me faltasse nada para poder chegar onde tu nunca pudeste chegar.

Apesar dos nossos desentendimentos, continuas a ser a minha MÃE, a melhor que alguma vez poderia ter tido.

Apesar de não te ter ligado muito no dia que é também teu e, apesar de não ser nada dado aos novos hábitos consumistas em que estes dias se transformaram, quero dizer-te que gosto muito de ti e que te dedico este poema que um grande poeta um dia escreveu.



MÃE


No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.

Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.

Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;

Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;

Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...
Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

(Eugénio de Andrade)

ERA - "Mother": Mother, you're always around, let me tell you you're the only one ...

domingo, 4 de maio de 2008

Aos meus amigos!

Os últimos tempos têm sido de desencontros de velhos amigos, mas também de encontros com outros que, com o tempo e convívio, têm demonstrado o quanto têm sido igualmente importantes para mim.
A vida não tem sido fácil para todos eles, pelo que as suas tristezas acabam por me fazer sentir que afinal de contas não somos assim tão felizes quando temos um amigo em baixo.
Quero deixar aqui uma mensagem de ânimo e fundamentalmente de agradecimento a todos aqueles :
que têm sido meus amigos de verdade;
que nunca me pedem nada em troca por o serem;
que têm feito parte da minha fonte de inspiração;
que têm tido sempre uma palavra de conforto;

e, especialmente para TI "pirilampo", que passas por um período menos bom!

Muito obrigado a todos por estarem sempre aí.

Lembro-vos que a vida é feita de partidas constantes ...


PARTIDA

Ao ver escoar-se a vida humanamente
Em suas águas certas, eu hesito,
E detenho-me às vezes na torrente
Das coisas geniais em que medito.

Afronta-me um desejo de fugir
Ao mistério que é meu e me seduz.
Mas logo me triunfo. A sua luz
Não há muitos que a saibam reflectir.

A minh'alma nostálgica de além,
Cheia de orgulho, ensombra-se entretanto,
Aos meus olhos ungidos sobe um pranto
Que tenho a força de sumir também.

Porque eu reajo. A vida, a natureza,
Que são para o artista? Coisa alguma.
O que devemos é saltar na bruma,
Correr no azul à busca da beleza.

É subir, é subir além dos céus
Que as nossas almas só acumularam,
E prostados rezar, em sonho, ao Deus
Que as nossas mãos de auréola lá douraram.

É partir sem temor contra a montanha
Cingidos de quimera e de irreal,
Brandir a espada fulva e medieval,
A cada hora acastelando em Espanha.

É suscitar cores endoidecidas,
Ser garra imperial enclavinhada,
E numa extrema-unção de alma ampliada,
Viajar outros sentidos, outras vidas.

Ser coluna de fumo, astro perdido,
Forçar os turbilhões aladamente,
Ser ramo de palmeira, água nascente
E arco de oiro e chama distendido ...

Asa longínqua a sacudir loucura,
Nuvem precoce de subtil vapor,
Ânsia revolta de mistério e olor,
Sombra, vertigem, ascenção - Altura!

E eu dou-me todo neste fim de tarde
À espira aérea que me eleva aos cumes.
Doido de esfinges o horizonte arde,
Mas fico ileso entre clarões e gumes!...

Miragem roxa de nimblado encanto -
Sinto os meus olhos a volver-se em espaço!
Alastro, venço chego e ultrapasso;
Sou labirinto, sou licorne e acanto.

Sei a distância, compreendo o Ar;
Sou chuva de oiro e sou espasmo de luz;
Sou taça de cristal lançada ao mar;
Diadema e timbre, elmo real e cruz ...

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O bando das quimeras longe assoma ...
Que apoteose imensa pelos céus!
A cor já não é cor - é som e aroma!
Vêm-me saudades de ter sido Deus ...

Ao triunfo maior, avante pois!
O meu destino é outro - á alto e é raro.
Unicamente custa muito caro:
A tristeza de nunca sermos dois ...

(Mário de Sá Carneiro)

Mike Oldfield - Man in the rain "You're the one who's nearly breaking my heart..."